28/01/2013
Torcida perde paciência contra time, técnico e dirigentes do Atlético-PR
28/01/2013
Fonte:G1.com
O início do clássico do Atlético-PR contra o Paraná Clube parecia uma redenção dos dois empates que o time rubro-negro teve no Campeonato Paranaense. A torcida aproveitou a tarde de sol e ocupou boa parte das arquibancadas do Ecoestádio Janguito Malucelli em busca de um bom jogo e uma vitória atleticana. O que ninguém esperava é que tanta expectativa poderia se transformar em revolta e sofrimento.
Nos 47 minutos iniciais do duelo, o torcedor se alentou com um time rápido e que contou com um talismã no meio-campo: Zezinho. O meia aproveitou os espaços do Paraná e driblou jogadores, deu passes importantes e quase fez um belo gol - que acertou a trave. A única impaciência de alguns torcedores foi com a comodidade dos atletas mais jovens, que não lutavam pela bola.
A esperança virou em desespero na etapa seguinte. Com um Tricolor modificado e mais agudo no ataque, o Atlético-PR repetiu os erros do primeiro tempo e conseguiu tomar um gol de cabeça, após cruzamento de Lucio Flavio. O lance contra o Rubro-Negro foi o primeiro estopim para a torcida começar a pedir "raça".
A primeira reação do técnico Arthur Bernardes foi tirar o melhor jogador do Atlético-PR em campo: Zezinho. O próprio atleta solicitou a substituição, após ficar cansado de carregar o time para o ataque. Mas a torcida não quis saber de justificativas. Uma sonora vaia tomou conta do Janguito, com um coro de "burro" para Bernardes, que cresceu gradativamente.
A partir dali, os principais cantos de apoio se transformaram em gritos desesperados de "corra mais", "avança", "não para de correr" ou "chuta". O descontentamento com a comissão técnica fez com que vários treinadores surgissem em meio a arquibancada. O torcedor teve mais um momento de discordar de Bernardes, quando ele tirou o atacante Pablo para a entrada de Edigar Junior.
O jovem time do Atlético-PR lutou até o final, quando o árbitro decretou o final da partida e o final de um tabu de cinco anos sem perder para o Paraná. Algumas dezenas de atleticanos viraram para o lado da arquibancada paranistas e aplaudiram os rivais, como forma de protesto.
Na saída, a exaltação sobrou para os dirigentes do Furacão. Enquanto a torcida aguardava para deixar o estádio, muitos gritaram e se penduraram no alambrado que separa o gramado da torcida, com xingamentos direcionados para o presidente Petraglia, jogadores e comissão técnica. A Polícia Militar foi ao local para garantir que nenhum jogador iria invadir o gramado.
Com dois empates e uma derrota no Campeonato Paranaense, o Atlético-PR é o oitavo colocado e enfrenta o Toledo na quarta-feira, às 20h30m (de Brasília), no interior do estado.