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Arena

31/12/2012

Em 2012, Arena da Baixada supera 50%, mas reinauguração é adiada

Arena

31/12/2012

Fonte:G1.com

Depois de um ano turbulento, com contestações, discussões e até uma CPI, as obras na Arena da Baixa passam de 50%, mas a reinauguração - inicialmente prevista para março de 2013 - é adiada para o fim do ano.Lançada em outubro de 2011, as obras começaram mesmo em janeiro. Primeiro, até fevereiro, os operários retiraram as cadeiras e coberturas. Depois, em março, eles começaram a demolir os camarotes dos setores superiores. Nos meses seguintes, porém, o ritmo das obras caiu, principalmente pela falta de recursos. Em abril, o clube anunciou que receberia do empréstimo de R$ 131 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Porém, o próprio banco afirmava que faltavam etapas para o dinheiro ser liberado.

Em junho, ainda sem o empréstimo, os operários começaram a preparar a base para a construção do setor Brasílio Itiberê Superior. No mês seguinte, parte do material necessária para a conclusão da Arena chegou ao estádio. Em agosto, o clube divulgou os dados da obra. Segundo as informações, ela tinha avançado apenas 2% em cinco meses. Na época, ela estava em 44%. Em setembro, as casas no entorno da Arena começaram a ser demolidas.

Se nos primeiros meses de 2012, a maior dificuldade do Furacão era com a questão financeira, nos últimos meses, os desafios aumentaram. Em outubro, o então diretor jurídico do clube e vice-presidente do Conselho Deliberativo, Cid Campêlo, criticou a escolha das cadeiras da Arena da Baixada - a empresa selecionada tem Mario Celso Keinert Petraglia, filho do presidente atleticano, como sócio. Em entrevista coletiva, ele cobrou maior fiscalização nas obras e pediu a renúncia de Mario Celso Petraglia.

Com as denúncias, uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) foi aberta. Logo na primeira sessão, na Assembleia Legislativa do Paraná, o mandatário rubro-negro respondeu dezenas de perguntas, falou sobre a qualidade das cadeiras escolhidas e saiu aplaudido pelos deputados. A CPI continuou, com a realização de outras sessões, mas não teve mais novidades.

Em novembro, o empréstimo do BNDES foi, finalmente, aprovado. Porém, o Atlético-PR fazia exigências para assinar o contrato com a Agência de Fomentos, que intermedia a transação. O clube pedia para que o potencial construtivo, que seria usado como garantia junto ao banco, fosse calculado em cotas, o que aumentaria o valor dos títulos de R$ 90 milhões para R$ 123 milhões. O prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, mandou uma mensagem para a Assembleia Municipal, e os vereadores decidiriam se a alteração seria ou não aprovada. No último dia 20, eles concordaram com a mudança.

Detalhe: antes de chegar à Câmara Municipal, o Atlético-PR encarou outra "novela" na Assembleia Legislativa do Paraná. Em maio, os deputados adiaram o projeto de lei que autorizaria que os recursos do BNDES fossem usados nas obras.  Com a alteração aprovada pelos vereadores, o empréstimo do BNDES deve chegar ao clube no começo de janeiro de 2013. Porém, com o atraso, o Atlético-PR adiou a reinauguração da Arena. Ela estava marcada inicialmente para março de 2013 e passou para julho.

Quando concluído, o estádio vai receber 43 mil pessoas em dias de jogos e até 60 mil pessoas em shows. O local vai ser palco de quatro jogos da primeira fase da Copa do Mundo de 2014.