03/12/2012
UNAIDS propõe deter e começar a reverter epidemia da AIDS até 2015
03/12/2012
Fonte:R7.com.br
As Metas do Milênio para a HIV/AIDS são claras: deter e começar a reverter a epidemia até 2015. Segundo dados divulgados pelo Programa Conjunto da ONU para o HIV/Aids (UNAIDS), graças aos esforços determinados de governos e da sociedade civil, o sucesso está à vista.
O total mundial de soropositivos, 34 milhões, reflete uma grave epidemia, embora tenha sido possível reduzir a mortalidade graças aos tratamentos antirretrovirais e os índices estejam ' estáveis' na América Latina.
O relatório anual da UNAIDS foi divulgado em função da celebração do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, 1.
Os dados mostram que o que o continente mais afetado é a África. Cerca de 70% dos portadores do HIV, 23,5 milhões e pessoas, vivem na África Subsaariana, onde 3,1 milhões de crianças estão infectadas (94% do total mundial das crianças infectadas).
A organização ressalta que, apesar da força desses números, a região também passou por uma grande redução das mortes relacionadas à Aids, 32% entre 2005 e 2011, ano em que o número de mortos foi de 1,2 milhão.
Na América Latina, onde a epidemia, que afeta 1,4 milhão de pessoas, se encontra em uma fase "estável", as pesquisas também revelam uma leve queda de casos de novos infectados.
A América Latina se mantém como a região, entre as de renda média e baixa, com a maior cobertura de tratamento para portadores do HIV, com uma taxa de 68% em comparação a uma média mundial de 54%, segundo a UNAIDS.
O número de pessoas que tiveram acesso ao tratamento antirretroviral aumentou em 60%, e novas infecções caíram pela metade em 25 países, 13 deles na África sub-saariana. Mortes relacionadas à Aids caíram em um quarto desde 2005.
Metade das reduções globais de novas infecções pelo HIV nos últimos dois anos têm sido entre recém-nascidos.
De acordo com a UNAIDS, é preciso que os Estados-Membros intensifiquem ainda mais seus esforços para eliminar a transmissão da doença de mãe para filho, e trabalhem para garantir que todas as mães HIV-positivas possam sobreviver e prosperar.
A organização destaca ainda a necessidade de maiores esforços para eliminar o estigma e a discriminação que aumentam o risco para as populações vulneráveis.
O Relatório da Comissão Global sobre HIV e a Lei: "Riscos, Cidadania e Saúde" (The Report of the Global Commission on HIV and the Law: Risks, Rights and Health), enfatiza como as leis obsoletas, sistemas judiciários equivocados e práticas punitivas de policiamento, com base não na ciência, mas no medo e preconceito, alimentam a epidemia.
"Temos de tornar o teste, a informação e o tratamento disponíveis para todos, para cada homem, mulher e criança poderem desfrutar do seu direito fundamental à assistência médica e serviços essenciais que podem acabar com essa epidemia devastadora. Zerar novas infecções pelo HIV, zerar a discriminação e zerar as mortes relacionadas à Aids em 2015 são metas alcançáveis", afirma o Secretário Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon.