18-05-2011
Apesar de o Brasil ter anunciado o aumento no número de leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) na última década e mais investimentos, as atuais 16 para quase 17mil vagas estão muito aquém da demanda. Tanto que há uma crise no setor.
Goiânia, a capital de Goiás, por exemplo, não dá conta dos pacientes de todo Estado. A entrada de qualquer hospital ou posto de saúde do Estado está sempre lotada ou o atendimento não consegue ser adequado para a maioria.
O sofrimento das pessoas que esperam por UTI em Goiás é resultado de uma conta tão simples quanto cruel. Goiás tem 630 leitos de terapia intensiva e deveria ter 900./ Faltam 270 e 95% das vagas estão em hospitais grandes na capital. As regiões norte e nordeste do Estado não têm nenhuma.
Diante disso, o Ministério Público Federal entrou na Justiça para obrigar Estado, a Prefeitura de Goiânia e o Governo Federal a resolver o problema.
Em Brasília, muita gente recorre à Justiça por uma vaga, ou seja, mais de 200 pessoas procuram a defensoria pública por mês em busca de uma vaga em UTI. Mais da metade consegue resolver o problema. Mas quem não consegue garantir a internação tem que entrar com uma ação na Justiça para fazer valer esse direito.
As UTIs em más condições também são um problema no Pará e, em especial da região norte, a que tem o menor número de leitos de UTI em todo o país. E no nordeste, a situação também é problemática em Maceió. Na única UTI neonatal pública de Alagoas, há somente 15 vagas. Quando um leito desocupa, logo outro bebê assume a vaga.
Fonte: R7 Notícias