30-10-2009
A dieta do futuro deverá considerar as pequenas, mas significativas, diferenças genéticas existentes no genoma.
30-10-2009
A dieta do futuro deverá considerar as pequenas, mas significativas, diferenças genéticas existentes no genoma humano, mas existe um longo caminho a percorrer até se atingir as dietas altamente personalizadas. Uma dieta eficaz deverá ser capaz de aliar as diferenças genéticas à exposição de cada indivíduo ao ambiente.
Uma mesma dieta pode ter respostas diferentes dependendo do indivíduo que a ingere, como exemplo cita-se as dietas reduzidas em sódio, que contribuem para a diminuição da tensão arterial em alguns pacientes e não em outros. Além disso, gêmeos com a mesma constituição genética, se forem separados, serão diferentes ao final de 30 anos.
Estas são questões exploradas pela genômica nutricional, nas suas duas vertentes: nutrigenética e nutrigenômica.
A nutrigenética estuda a resposta da constituição genética de cada indivíduo aos diferentes estímulos ambientaise, como a dieta, já a nutrigenômica avalia os efeitos da dieta sobre a constituição genética de um organismo, ou seja, a modulação da expressão dos genes.
Como exemplo do valor das descobertas provenientes destes estudos tem-se o conhecimento que 20 a 30% da população tem uma pequena alteração genética na enzima que metaboliza o ácido fólico, de importância reconhecida para as gestantes, segundo um estudo realizado nos anos 80 nos Estados Unidos. Como essas pessoas não metabolizam adequadamente o ácido fólico da dieta e, dada a frequência dessa alteração genética na população, foi recomendado em vários países, e decidido por lei nos Estados Unidos, fortificar os cereais com ácido fólico.
Estas pequenas diferenças genéticas entre os indivíduos, a que chamamos polimorfismos, são as formas mais simples de variações genéticas encontradas no genoma humano, isto as diferencia das mutações genéticas, que normalmente podem levar à doenças graves.
O impacto causado por um polimorfismo é menor ou seu efeito sobre a saúde é mais difícil de ser observado. Daí a necessidade de estudar o impacto de um conjunto de variações e o seu significado para a saúde humana, especialmente quando se considera a prevenção.
Principalmente para algumas vitaminas e alguns minerais, há especialistas mundiais que vêem a necessidade de reajustar as recomendações nutricionais frente à alimentação da população.
(Fonte: MARQUES, C – 2009 )
Dra. Ana Lúcia B. Kuroski Nutricionista - CRN8/601. Pós Graduada e Especialista em Nutrição Clínica (UFPR). Atendimento: Centro Médico São Camilo - 3ª e 5ª feiras (outros dias no consultório particular com horário marcado). Fone: 3032-5020.