27-04-2011
População tem dúvidas sobre funcionamento do Farmácia Popular
27-04-2011
De acordo com levantamento divulgado nesta terça-feira (26) pelo Ministério da Saúde, o número de usuários do programa Farmácia Popular apresentou um importante crescimento desde que as farmácias da rede começaram a distribuir medicamentos gratuitos para hipertensão e diabetes, há pouco mais de dois meses.
Só no Paraná, o número subiu de 80.704 para 126.646 nesses 70 dias de distribuição dos remédios sem custo. No entanto, apesar do aumento expressivo e de o programa existir desde 2004, muita gente ainda tem dúvidas sobre o funcionamento do Farmácia Popular, inclusive seus próprios usuários.
Entre os que ainda não são usuários do programa, as principais dúvidas estão relacionadas à lista de medicamentos oferecidos gratuitamente ou com desconto e aos documentos necessários para comprar medicamentos com desconto ou adquiri-los. Segundo o Ministério da Saúde, a escolha dos medicamentos oferecidos é feita de acordo com as necessidades da população brasileira, contemplando patologias como rinite, osteoporose, hipertensão e diabetes (somente esses dois últimos são gratuitos).
Para adquirir qualquer um dos medicamentos, seja gratuitamente ou pela compra com desconto, é preciso apresentar a receita médica, CPF e um documento com foto, não havendo necessidade de levar comprovante de renda. Caso o paciente não possa ir à farmácia, seu representante deve levar uma procuração registrada em cartório. "É importante que o controle seja feito para que os medicamentos não sejam vendidos para quem não precisa e nós, que precisamos, fiquemos com o que é nosso por direito", explica o sociólogo Niquelson Rodrigues, 76 anos, usuário do programa há cerca de um ano, onde adquire remédios para hipertensão.
Já entre os usuários, as dúvidas se relacionam à lista de farmácias credenciadas ao programa e quais os medicamentos oferecidos em cada uma delas. Além das farmácias próprias do programa - são apenas 14 em todo o estado do Paraná, uma em Curitiba -, outros estabelecimentos privados também fornecem os medicamentos gratuitos e com desconto por fazerem parte da rede "Aqui Tem Farmácia Popular".
"Não sabia que a gente podia adquirir esses medicamentos em outros lugares, então sempre vinha aqui no centro para pegar o remédio do meu pai, mas esses dias descobrimos que tem uma farmácia perto de casa que também é Farmácia Popular, o que vai facilitar muito pra gente", comenta a vendedora Daniele Munaretto, frequentadora da loja própria do programa desde o final de 2010, onde ela recebe medicamentos para hipertensão para o pai, o mestre de obras Luiz Munaretto, de 63 anos.
Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde, a diferença entre as farmácias próprias e as lojas privadas credenciadas ao programa é a variedade de medicamentos disponíveis. Nas particulares, o usuário pode adquirir somente remédios para asma, rinite, mal de Parkinson, osteoporose, glaucoma, hipertensão e diabetes, além de fraldas geriátricas. Já nas lojas próprias do programa, com exceção dos medicamentos para glaucoma e fraldas geriátricas, são oferecidos os mesmos da rede privada e ainda outros, analgésicos, anti-inflamatórios, antialérgicos, antibióticos, antidepressivos e remédios para micose, colesterol, gastrite e úlcera.
"Sei que existem outros lugares onde há Farmácia Popular, mas prefiro vir sempre nesta do centro porque utilizo muitos medicamentos diferentes e sei que aqui consigo todos eles com desconto", conta a encarregada de serviços gerais, Tereza Rezende, 71 anos. A loja própria do Programa Farmácia Popular em Curitiba fica na Rua Cândido Lopes, 208, em frente à Biblioteca Pública do Paraná.
Fonte: Paraná Online