Embora a quantidade recomendada de ingestão de vitaminas e minerais seja pequena — por isso o nome “micronutriente” —, eles são vitais para o desenvolvimento físico e mental adequados do organismo humano . Mesmo assim, a ingestão desses nutrientes está cada vez mais inadequada no mundo, podendo levar a estados de carência nutricional, maior risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, câncer e outros prejuízos à saúde humana . A deficiência de micronutrientes abrange todas as camadas sociais do mundo, desde indivíduos saudáveis até pacientes desnutridos e obesos.
     As principais carências de vitaminas e minerais, segundo a Organização Mundial da Saúde, estão normalmente relacionadas com vitamina A, ferro e iodo .
A melhor forma de detectar a deficiência de vitaminas e minerais é a interação das análises: nutricional (através de questionários de consumo alimentar comparados com os valores de padrões de referência), clínica (por meio de sinais e sintomas) e bioquímica (com exames laboratoriais). Dessa maneira, é fundamental que os profissionais da saúde conheçam o metabolismo, funções e conseqüências na carência desses nutrientes no organismo humano.
     Assim, como não há um método geral em que todos os nutrientes possam ser avaliados, é necessária uma análise individual e criteriosa de cada um . Se a avaliação do consumo alimentar, por exemplo, detectar a deficiência da ingestão de determinado nutriente, deve ser repetida a mesma análise para verificar a freqüência da inadequação alimentar. Como foi realizado em estudo brasileiro, que usou o recordatório alimentar em três dias não-consecutivos, incluindo uma anotação por semana .
     Dessa maneira, os profissionais de saúde que suspeitem da deficiência de algum nutriente devem sempre fazer uma análise crítica antes de uma intervenção.

     (Fonte: 1. Ramalho RA, Saunders C. The nutrition education role in the combat against micronutrient deficiencies.       Rev. Nutr.2004)