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Ratinho Júnior é eleito governador do Paraná no primeiro turno

Grande aceitação de Ratinho Jr. e eleição no primeiro turno para governador do Paraná. Por Campo Largo, declarou sua relação de carinho - cidade em que morou, tem muitos amigos e familiares. Conhe&cce

Ratinho Júnior é eleito governador do Paraná no primeiro turno

Com 3.210.712 votos, 59,9% dos votos válidos, Ra­tinho Júnior – vice Darci Piana - foi a escolha da maioria dos eleitores em 382 cidades (das 399) do Paraná. A vitória no primeiro turno e as mudanças políticas no Brasil, segundo ele, é um recado que os brasileiros deram aos profissionais da política. Para presidente, ele já declarou apoio a Jair Bolsonaro. Os dois senadores eleitos – Profes­sor Oriovisto e Flávio Arns – e o atual senador Álvaro Dias também têm bom relacionamento com Ratinho Junior, o que contribui para o desenvolvimento do Estado, com propostas e aprovações de leis.

Em maio deste ano Ratinho esteve em Campo Largo para ouvir sugestões de propostas para o seu governo e dis­cutir ideias. Afirmou que devido à grande extensão e número de habitantes superior a países como Portugal, por exemplo, o Paraná tem que ser pensado e governado como um país. Ressaltou que o Paraná tem vocações e demandas diferen­tes em cada região, por isso precisa ser planejado conhecen­do a exatidão, para médio e longo prazo. Como vocação do Estado, acredita que é o alimento. “O Paraná é o maior lugar no mundo, por metro quadrado, que mais consegue produ­zir comida com alta escala e variedade. Precisamos construir um Estado que consiga transformar esses alimentos. Esta é a grande saída do Paraná para gerar riqueza. O agronegócio é muito forte”, detalhou. Em contato da Folha, Ratinho agra­deceu o reconhecimento dos campo-larguenses e cada voto que recebeu. “Todos sabem a relação de carinho que tenho pela cidade. Foi onde morei, estudei na infância, onde tenho muitos amigos. Faremos à frente do Governo do Estado uma gestão eficiente que favoreça os municípios. E Campo Largo pode contar conosco”, declarou.

Entre as propostas do governador eleito, foi bastante di­vulgada a intenção de reduzir o número de secretaria do go­verno, que para ele funcionam como negociação de cargos e geram um custo que o contribuinte não consegue mais ban­car. Quer, também, acabar com regalias e aposentadoria de ex-governadores. Com corte de gastos, o objetivo é ter mais recurso para investimento. “Tem que enxugar, o mundo não admite mais isso. Temos que ter uma oxigenação na política e a minha geração tem obrigação de entregar um novo Brasil para a geração que está vindo”.

Sobre segurança, disse que é preciso implantar tecno­logia e ter um trabalho mais ativo nas fronteiras do Estado, onde entram armas do crime organizado. Também quer im­plementar parcerias público-privada na gestão dos presídios do estado e um prédio de inteligência com policiais militares e civis, como também monitoramento assistido.

Para desburocratizar a indústria e comércio, quer reduzir ICMS para vestuário e alimentos, agilizar análise de licenças ambientais e reavaliar a tributação. Também está em seu pro­jeto cuidar das famílias mais pobres, gerar emprego e colocar mulheres em cargos importantes. Aos servidores, quer nego­ciar um planejamento de reajuste já para os próximos quatros anos, para que não seja uma discussão anual.

Sobre a polêmica do pedágio, a proposta dele é uma lici­tação internacional, pois assim acredita que o processo será mais limpo, sem esquema político entre as concessionárias e o governo. Na Saúde, quer melhorar o atendimento em postos de saúde e evitar o alto fluxo nos hospitais, aumentar centro de especialistas e pensa na parceria com iniciativas privadas.

O Plano de Governo do Ratinho Junior pode ser consul­tado em http://ratinhojunior.com.br/plano-de-governo. Com conhecimento de suas propostas, fica mais fácil para cada ci­dadão cobrar ações.

Quem é Ratinho Junior

Conhecido como Carlos Massa Ratinho Júnior, ou ainda Ratinho Júnior, nasceu em Jandaia do Sul, no dia 19 de abril de 1981, e ainda criança morou em Campo Largo. É um em­presário, administrador de empresas, comunicador e políti­co brasileiro. Casado com Luciana Saito Massa, desde 2003, com quem tem três filhos: Alana, Yasmin e Carlos Roberto Massa Neto. É filho de Solange Martinez Massa e do empre­sário e apresentador do SBT Carlos Massa, “O Ratinho”.

Em 2002, aos 21 anos, foi eleito Deputado Estadual, pelo PSB, com mais de 189 mil votos, o que fez da candidatura de Ratinho Júnior a mais expressiva da história da Assembleia Legislativa do Paraná. Já em 2006, sua candidatura para De­putado Federal, pelo PPS, obteve a segunda maior votação para a Câmara, com 205 mil votos. Os votos direcionados a Ratinho Júnior vieram de 370 de 399 municípios do Paraná. A sua reeleição para a Câmara Federal, integrando o PSC, em 2010, foi a maior votação da história do Paraná, com qua­se 360 mil votos.[1] Foi candidato a prefeito de Curitiba pelo mesmo partido em 2012. No ano de 2014 foi eleito Deputado Estadual, desta vez, a candidatura mais votada no Brasil, com mais de 300 mil votos.

Eleição 2018 foi de muitas mudanças na política

 Um dos maiores índices de renovação no Senado e na Câmara dos Deputados foi registrado nas eleições desse ano. A atual situação política e econômica do país gerou uma grande insatisfação em diversos setores e a necessidade de mudança. Tradicionais políticos já não ocuparão seus cargos na gestão que se inicia em 2019.

Foram apenas oito senadores reeleitos, das 54 va­gas. Já na Câmara dos Deputados a renovação é supe­rior a 50%. Dos envolvidos na Lava Jato, 47 não foram eleitos, mas outros 35 conseguiram se eleger – entre eles Aércio Neves e Renan Calheiros.

Deputado estadual

Fernando Francischini (PSL) teve 427.742 votos nes­tas eleições e é o candidato a deputado estadual mais votado da história do Paraná. Pela sua surpreendente vo­tação, levou com ele outros sete deputados e o PSL fará a maior bancada na Assembleia Legislativa a partir do ano que vem.

Deputados federais

Foram eleitos candidatos a deputado federal de 30 partidos diferente, um recorde nas eleições e até então 25 partidos eram representados. O PT lidera o número de deputados federais eleitos, tendo 56 representantes, se­guido pelo PSL, com 52, no total de 513 eleitos.

O que mais perdeu vagas na Câmara foi o MDB, que tinha 66 eleitos na eleição anterior e agora teve apenas 34. O PSL tinha apenas um deputado e agora registrou essa votação bastante expressiva. Entre os partidos com maior representatividade também são PRB com 30 elei­tos, DEM com 29 e PDT com 28 deputados.

Pela primeira vez nas eleições, o Partido Novo con­seguiu eleger oito deputados federais, o Rede Sustenta­bilidade elegeu uma deputada em Roraima e o PMB não teve eleitos. Eduardo Bolsonaro (PSL), filho de Jair Bol­sonaro, foi o deputado federal mais votado na história do país, com mais de 1,8 milhão de votos em São Paulo. Gil­son Cardoso Fahur (PSD) foi o deputado federal mais vo­tado no Paraná (314.963) e quase chegou à votação de Ratinho Jr em 2010, quando ele teve 358.900 votos.

Senador

Após 28 anos ininterruptos com cargo público, Rober­to Requião não foi eleito a senador. Desde 1990 ele se alternava como governador do Estado e senador – car­go que estava desde 2011. No início da campanha, ele aparecia nas pesquisas como o candidato que seria mais votado, mas acabou tendo 15,08 nas urnas. O Professor Oriovisto foi eleito com 29,17% e Flavio Arns com 23%. Beto Richa, que já esteve entre os políticos mais votados do Brasil, teve apenas 3,72% dos votos para senador.

Presidente

Jair Bolsonaro, do PSL, quase conseguiu ser eleito no primeiro turno, conquistando 46,1% dos votos válidos. Ele teve mais da metade dos votos válidos em 12 esta­dos, enquanto Haddad conseguiu esse número em qua­tro estados. No Paraná, 56,9% votaram no Bolsonaro e 19,7% escolheu o candidato do PT.

Abstenções

Quase 30 milhões de eleitores sequer compare­ceram às urnas para ajuda a decidir o futuro do país. A abstenção passou de 20%, nível mais alto desde as eleições de 1998. Esse crescimento tem sido percebi­do desde as eleições de 2006, mas o mais alto índice já registrado foi em 1994, quando quase 1/3 dos eleitores não compareceu. Paraná registrou 17% de abstenções.

Mulheres

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral, o número de mulheres eleitas foi maior para ocuparem ca­deiras na Câmara dos Deputados e Assembleias Legisla­tivas, no Senado o número permaneceu o mesmo – sete.

Foram eleitas no Brasil 77 mulheres como deputada federal, contra 51 das eleições de 2014. Para as Assem­bleias, foram eleitas 161 mulheres, contra 119 da eleição anterior. No Paraná, a representatividade ainda é baixa, sendo quatro mulheres entre as 54 vagas.