Quinta-feira às 18 de Abril de 2024 às 09:39:04
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Opinião

Vulnerabilidade social é um assunto que deve ser debatido

A política precisa ser feita para pessoas, por pessoas que decidem representar e lutar por direitos, por melhoria de vida. Isso inclui todos, inclusive as pessoas que estão em vulnerabilidade social, usuários de drogas, mora­

Vulnerabilidade social é um assunto que deve ser debatido

De forma alguma deve-se pensar que a vulnerabilida­de social é uma pauta de “esquerda”. Trazemos isso porque muitas pessoas, que ainda estão em processo de aprendi­zagem sobre assuntos novos como posicionamento político à esquerda, direita, centro, centro-esquerda, centro-direita, autoritário, libertário... Tantos outros nomes.

O fato é que política precisa ser feita para pessoas, por pessoas que decidem representar e lutar por direitos, por melhoria de vida. Isso inclui todos, inclusive as pessoas que estão em vulnerabilidade social, usuários de drogas, mora­dores de rua... Em especial essa última categoria, que pare­ce preocupar tanto os campo-larguenses.

Por várias vezes, a Folha abordou o assunto “pesso­as em situação de rua” seja em matérias, ou em editoriais, nos quais trazia o incômodo e a preocupação com o número crescente e perceptível pelos campo-larguenses. Nesta se­mana trazemos um fato, não novo, mas que muitas vezes acaba passando despercebido por nossos dias cheios, que são das crianças que moram com seus pais nas ruas, e isso é grave.

Poucas pessoas decidem morar na rua por desejo, mo­rar na rua esconde problemas estruturais da sociedade, que envolvem questões econômicas, como o desemprego ou a informalização do trabalho, questões de saúde, falta de uma educação pública eficaz e abrangente, falta de oportunidade de estudo, altas taxas tributárias impostas sobre os preços dos produtos que suprem a necessidade básica, criminali­dade crescente, e tantos outros problemas.

Com isso, a vulnerabilidade social torna-se a ponta do iceberg de problemas que precisam ser resolvidos. A pes­quisa que mostrou que 79% dos brasileiros não lembram em quem votaram nas últimas eleições apontou algo muito grave. Votar não é o final da democracia, mas sim o início dela. É preciso ser mais incisivo nas cobranças dos gover­nantes que ajuda a eleger, e isso vale para todos, seja da administração municipal, estadual ou federal, existem ca­nais de comunicação direta que podem facilitar o acesso ao representante. É importante que os brasileiros aprendam a ler dados disponibilizados em Portais da Transparência, para que consigam acompanhar os gastos públicos.

Com essa preocupação e participação ativa no pro­cesso de construção da sociedade e garantia de direitos básicos, como à moradia, ao acesso à saúde e educação de qualidade, que estampam as páginas da nossa Consti­tuição, nós conseguimos lutar por aqueles que muitas vezes não têm voz, não compreendem, não têm acesso ou está muito disperso.

Torna-se perfeitamente natural que pessoas sintam­-se desacreditadas, desesperançosas visto aos milhares de escândalos que verteram na última gestão - incluíndo operações e prisões, número cada vez maior de processos por lavagem de dinheiro, corrupção e tantos outros, impea­chment da ex-presidente Dilma Rousseff -, mas é preciso ter consciência na hora de escolher um representante, para amenizar os milhares de problemas que assolam o povo.