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Opinião

De feriado obrigatório a ponto facultativo com menos importância

2019 também foi um ano que surpreendeu todos nós

De feriado obrigatório a ponto facultativo com menos importância

 Está até soando estranho, mas parece que cada ano que passa há mais ‘desânimo’ para o Carnaval. Ele nunca foi feriado de fato, sempre tratado pela Legislação como ponto facultativo, com excessão das cidades que possuem atração turística forte nessa época do ano. Não se fala mais muito nele, não há muitas propagandas sobre as festas e bloquinhos, pelo contrário, hoje são mais evidentes as propagandas falando sobre aproveitar a natureza.

A agitação, comum ao brasileiro e reconhecida internacionamente por esse traço, tem sido cada vez mais comedida, mesmo em festas como Natal e Ano Novo. Pode-se dizer que o Brasil cresceu e agora vive sua fase adulta. Vemos pessoas cada vez mais focadas no trabalho, em produzir e crescer na carreira ou ter sucesso com seu próprio negócio. Os feriados passaram de momentos de descanso para oportunidades de participação em congressos, workshop, cursos, entre outros. O novo governo parece ter revigorado ainda mais os brasileiros, que estão enxergando oportunidades que por anos não apareciam. A movimen­tação financeira tem sido cada vez maior e já se fala em uma Páscoa com maior interesse de compra por parte do consumidor, por isso o brasileiro arregaça as mangas e começa a trabalhar. Mas vale ressaltar que o descanso mental também é essencial para que o trabalhador atue mais motivado e com maior energia.

2019 também foi um ano que surpreendeu todos nós. Inúmeras notícias - ruins, infelizmente - acabaram tomando as manchetes de grande parte dos veículos de comunicação e isso também mexe com a gente. Ainda que não seja diretamente atingido, percebe que há um clima pesado instalado nesse primeiro bimestre. Trabalhamos também para tentar mudar ainda que um pouco esse cenário mais entristecido.

Se parar para pensar, nossa região nunca foi foliã assídua. Sempre preferiu a chácara e por aqui os retiros fazem bastante sucesso. A pergunta que fica é se há uma mudança de cultura acontecendo com o Brasil. Um país sempre regado à festa, cer­veja e exposição de mulheres bonitas com roupas mínimas tem se tornado cada vez mais o país da criatividade, da reivenção e das mulheres que lutam pelos seus direitos de transitar nas ruas sem serem incomodadas, que lutam pelo respeito. Também vemos grupos se levantando em prol da preservação das famílias, das crianças, lutando pela garantia da infância e das brinca­deiras, brigando pela conservação da natureza, dos animais e tantas coisas mais.

Ainda temos tanto para mudar, mas nesse sentido já podemos sentir que está dando resultado significativo. A pergunta que fica é: estaria o Brasil mais comprometido com a ordem e com o progresso?