Terça-feira às 23 de Abril de 2024 às 08:37:02
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Opinião

Criação da participação pública efetiva em Campo Largo

Criação da participação pública efetiva em Campo Largo

É motivo de muito orgulho ver a participação pública frente às decisões que podem impactar o seu futuro. Isso foi visível na última sessão plenária do ano da Câmara dos Vereadores, realizada na última segunda-feira (18), local que ficou lotado em poucos minutos, com cadeiras ocupadas por pessoas que lutavam em prol de uma causa e que não se calaram mesmo em meio às ameaças de tirar o público e a votação ocorrer a portas fechadas.

Isso não é de hoje. Se analisar somente o ano de 2017, várias medidas chamaram a atenção da cidade, como o IPTU, aumento dos salários dos assessores, verba para a participação de cursos e reuniões fora da cidade, mudanças do Plano Diretor... Mas ainda não é o suficiente.

Embora o brasileiro tenha “fama” de não se importar com política ou decisões tomadas pelos representantes, cenários municipais, estaduais e até mesmo em todo o Brasil mostram uma forte tendência a mudar, e quem sabe, exterminar essa cultura. Pessoas estão mais críticas, analisam mais, mas ainda há muito o que aprender.

Democracia é ir além de votar. Qualquer cidadão pode apresentar projetos de iniciativa popular, seja na sua cidade, estado ou país. É preciso fiscalizar de perto todas as leis que estão colocadas para votação, interpretar e relacionar com a realidade em que os cidadãos estão inseridos, para ver se realmente é algo viável. É necessário investigar gastos, aplicações de verbas em projetos, fazer com que o representante não esqueça o porquê foi eleito, cobrando inclusive as suas propostas na época de campanhas eleitorais. Fazer perguntas e procurar respostas concretas, duvidando sempre da velha “boa vontade política”.

Hoje não há desculpas para não saber o que está acontecendo no local onde vive. Há um grande número de informações disponíveis, sites oficiais, portais da transparência e veículos que prezam pelo Jornalismo Verdade, sem pender para um dos lados. Precisamos parar de repetir que “política, futebol e religião não se discute”, para que não nos tornemos meros fantoches daqueles que estão sempre abertos a debater, ou pior, que possuem plenos poderes para decisões.

2018 é ano eleitoral e mais uma vez cabe aos cidadãos investigar a vida do político antes de ir às urnas. Hoje há inclusive um ranking de políticos, que traz informações importantes sobre deputados federais e senadores, levando em consideração a presença nas sessões, privilégios, processos judiciais, qualidade legislativa, entre outros. Nossa democracia ainda é recente, possui pouco mais de 30 anos, mas já somos grandes o suficiente para tomar conta do nosso próprio futuro.