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Opinião

2019: o esperado ano chegou, mas o que esperar dele?

2019 parece mais um ano estratégico, que irá ditar como será o ritmo dos próximos anos.

2019: o esperado ano chegou, mas o que esperar dele?

Se puxar um pouco da memória, você vai lembrar da angústia que se instalou após o impeachment da ex­-presidenta Dilma Rousseff. Uma mistura de alívio, por parte da população que apoiava a decisão, de revolta, daqueles que acreditavam se tratar de um golpe contra a democracia e, principalmente, a incerteza de como se­ria o Governo Temer. Nossa esperança, nossa dúvida? Como estaria o Brasil, seria possível aguardar as Elei­ções 2018, sem acontecer um colapso no país?

Cá estamos nós, inteiros, nem todos satisfeitos, mas a maioria - que elegeu Bolsonaro para Presidente - pa­rece estar. 2019 parece mais um ano estratégico, que irá ditar como será o ritmo dos próximos anos.

Em apenas quatro dias de governo - até mesmo antes -, Bolsonaro já ‘causou’. O salário mínimo foi ins­tituído em R$ 998, oito reais a menos do aprovado no orçamento, que era de R$ 1006. Porém, esse é o primei­ro aumento real em três anos, calculado com base na inflação do ano anterior e o PIB de dois anos atrás.

Outra já, considerada por alguns, como polêmica, foram as políticas públicas que fazem parte de uma Medida Provisória publicada em Diário Oficial, que não deixa especificado o público LGBTQ+ dentro da estru­tura básica do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. A ministra responsável pela pasta já declarou que nenhum direito dessa minoria será retirado, porém tudo é motivo para críticas.

Os ministros escolhidos por Bolsonaro também despertaram bastante a atenção dos brasileiros. Nomes como Paulo Guedes, na economia, inspiram - principal­mente para o empresário - confiança. Sérgio Moro tam­bém é um nome forte e uma decisão acertada do presi­dente, no tocante ao ‘Superministério da Justiça’.

A posse em si já apresentou números expressivos, como a com maior público, além da quebra de protoco­los, como discurso da primeira-dama Michele Bolsonaro, em Libras, antes mesmo do marido e presidente discur­sar e os beijos trocados por eles, que se assemelhou aos “casamentos reais”. Vale dizer ainda que Bolsonaro assi­nou os documentos com uma caneta simples, que custa R$ 1,20 e é encontrada em quaisquer papelarias no país.

Com um governo ultraliberalista, contando com a presença de militares no poder, Bolsonaro dá início aos anos de esperança e recuperação do brasileiro. Sejamos otimistas, mesmo aqueles que pertencem à resistência, pois um bom governante, governa para todos.