A Folha de Campo Largo está apoiando o projeto Arranjo Educativo Local Campo Largo, que foi apresentado para cerca de 90 pessoas em um café da manhã realizado na terça-feira, 01, na Facecla . Estiveram presentes representantes da Cocel, Enerbras, Germer, Incepa, Dana, Stival, Vinhos Campo Largo, Prefeitura Municipal, movimento cultural, comércio, escolas, entre outros.
Durante o lançamento os participantes receberam um Termo de Parceria no projeto. Os parceiros irão compor o Fórum Gestor do Arranjo, que vai elencar as ações prioritárias para a agenda. A primeira reunião do Fórum será no final de setembro. Campo Largo será o primeiro município no Brasil a participar do projeto. O Objetivo, segundo o diretor-superintendente do Serviço Social da Indústria (Sesi) do Paraná, José Antonio Sares, é trabalhar junto com as empresas para oferecer conhecimento e informação para a comunidade.
      Durante o encontro o superintendente destacou que o Sesi trabalha no desenvolvimento sustentável da indústria e que se tem escutado muitas reclamações de que está faltando pessoas qualificadas para atuar no mercado de trabalho, que precisam de formação cidadã melhor desenvolvida e que algumas pessoas precisam dar continuidade ao processo de educação, porque muitos deixam os estudos porque precisam trabalhar e acaba caindo num círculo vicioso, já que estas pessoas não se qualificaram.
      O Senai atua na capacitação profissional enquanto o Sesi no desenvolvimento educacional e, suas ações, ligadas também ao Sesc, Senac, membros da comunidade, instituições de ensino, organizações não-governamentais, poder público e setor privado, vão ser aplicadas para preparar também a população das classes D e E, para que tenham o mesmo nível de conhecimento de outras classes.
      O objetivo do Arranjo Educativo Local (AEL), desenvolvido pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), é ser um espaço voltado para o desenvolvimento sustentável local, em que prevalecem ações de educação para a formação cidadã. Os espaços serão estruturados pelas indústrias da região que serão parceiras do projeto, e abordarão assuntos variados para desenvolver a sociedade. "Uma dinâmica que vai se moldando conforme a necessidade da sociedade", afirmou José Antonio, que diz que assim vão preparar pessoas melhores para atuar principalmente nas indústrias. O primeiro encontro vai discutir a redescoberta da identidade local, a história da região de Campo Largo, com atividades educativas, e a partir deste vão levantar outros temas.
      O presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Campo Largo, Luis Reis, é um dos parceiros no AEL. Ele foi um dos primeiros a assinar o Termo de Parceria, comprometendo-se a participar no Arranjo. "O projeto vem ao encontro do que estávamos procurando no que se refere ao estímulo à educação", disse Reis, ressaltando a representatividade do Sistema Fiep. "É uma parceira forte que precisávamos para alavancar esse movimento", avaliou.
       De acordo com a coordenadora do projeto pelo Sistema Fiep, Heloisa Kavinski, a participação dos diversos setores da sociedade é fundamental para o sucesso da ação. O representante das instituições de ensino, Vitor Hugo Strozzi, que é diretor geral da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (CNEC), acredita que o envolvimento será intenso. "A proposta está próxima aos anseios da comunidade", afirmou. A participação dos sindicatos também está prevista, segundo o presidente do Sindilouça PR, José Canisso.