Em 1956 a empresa que fabrica os Grampos de Cabelo Gigita era fundada em São Paulo no bairro Parque Novo Mundo. Na época a moda era usar bob para deixar os cabelos com um aspecto mais ondulado e até mesmo enrolado e por isso o grampo era sempre usado. Os penteados estavam no auge e eram febre entre as mulheres. Mesmo passados mais de 40 anos, o grampo sobrevive às mudanças de estilos moldados pela sociedade.
Em 1990 a empresa foi adquirida pela atual família administradora, onde a nova equipe manteve a produção calcada em grampos nas cores loiro e preto e em dois tipos de tamanhos. E até hoje na caixa dos grampos Gigita tem como característica a foto de uma mulher referência dos anos 50, com cabelos volumosos.
A gerente da Itália Industrial Company Ltda, Esmeralda Toscana conta que a empresa mudou-se para Campo Largo em 2006, pois o móvel de São Paulo estava ficando pequeno. "A princípio era para a empresa ser reestruturada em Curitiba ou na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), mas foi feito um levantamento em Campo Largo, mantido um contato com a prefeitura e visto que havia uma boa mão-de-obra", declara. E por já conhecerem o Paraná, gostarem do clima, foi inevitável a instalação da empresa no sul do país.
Diariamente a empresa fabrica quatro mil grampos que são revendidos para todo o país, principalmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. No Brasil existem cinco empresas formais que fabricam grampos, sendo no Sul apenas a Gigita. A produção é vendida no atacado através de representantes.
"Mesmo com o passar dos anos, os grampos caminham por todas as épocas e não saíram de moda, até mesmo as mulheres de cabelo curto utilizam. A pessoa que faz penteado para ir a uma formatura, casamento, ou festa usa grampo", comenta.
Nesse mercado de beleza a empresa já lançou grampos coloridos que foram bem aceitos durante um tempo e agora estão implantando uma nova linha, chamada de Renata. Nesse final de semana (de 29 de agosto a 1º de setembro) a empresa faz o lançamento do produto na Beauty Fair 2009, um dos maiores eventos de cosméticos e beleza da América Latina que acontece em São Paulo. A pretensão a longo prazo é colocar outros produtos a disposição do consumidor. Os grampos Gigita são famosos e já estiveram nos cabelos de muitas atrizes e atores da Rede Globo, são usados nos penteados e como prendedores de peruca.

Linha de produção

A empresa tem uma base familiar e funciona com uma linha de produção de oito funcionárias e dois mecânicos, que tem trabalho redobrado nos meses de agosto a final de dezembro quando a procura aumenta devido às festas de fim de ano.
Até o grampo chegar as prateleiras de lojas de cosméticos, o acessório passa por um processo de fabricação em que a máquina amassa o arame que é comprado em rolo, e outra máquina é responsável por cortar; dobrar; estampar; tingir; num forno a mais de 300º a tinta é seca; e em seguida passa por um jato de ar. E por fim o grampo recebe uma massa plástica, é seca novamente em um forno a mais de 300º, e então está pronto para ser embalado. No processo manual os grampos são contados, colocados em caixas de diferentes tamanhos, recebem um selo de garantia, e por fim as caixas são embaladas em plástico encolhível.