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Com preço nas alturas, arroz pode ser substituído por outros alimentos saudáveis

O tradicional arroz com feijão, típico prato brasileiro, já está mais “salgado” para os consumidores.

Com preço nas alturas, arroz pode ser substituído por outros alimentos saudáveis

O tradicional arroz com feijão, típico prato brasileiro, já está mais “salgado” para os consumidores. Alguns estados brasileiros já encontram pacotes de arroz de cinco quilos sendo vendidos a quase R$ 30; alguns supermercados fracionaram a compra dos consumidores, impondo limite de até dois pacotes por cliente. Em Campo Largo, pelas pesquisas que a Folha levantou em supermercados da região, os valores mais altos ficaram na casa dos R$ 23 – até a última quarta-feira (16).

Segundo especialistas, a alta no valor do preço do arroz se deve à demanda externa, com quebra de safra no exterior, fazendo com que a procura pelo produto brasileiro aumentasse bastante, aumentando a taxa de câmbio e fazendo com que o arroz brasileiro se tornasse barato para os estrangeiros. Para os produtores, o motivo seria o lucro maior em detrimento do aumento do dólar. O aumento da busca pelo alimento no Brasil também pode ser um dos fatores que influenciaram no valor final.

Hugo Ruthes, do Sindicato Rural de Campo Largo, comenta ainda que grandes porções de terra deixaram de plantar o alimento e isso poderia impactar em todo o cenário nacional. “Além das boas ofertas e oportunidades de exportação, grandes plantações no Norte do Brasil precisaram ser retiradas e isso pode ter influenciado também sobre esse acontecimento. Isso poderia impactar por algum tempo inclusive a disponibilidade deste grão.”

Carboidrato do bem
“O arroz é fonte de carboidrato, substância que fornece energia ao corpo, além de auxiliar na restauração e desenvolvimento dos tecidos. Dessa forma, este cereal é fonte de alguns sais minerais, como: fósforo, ferro, potássio e vitaminas: tiamina (B1), riboblavina (B2) e niancina (B3). Já o integral é fonte inesgotável de benefícios, que vão do controle do diabetes à redução de gordura abdominal”, explica a nutricionista Fernanda Robacker (CRN 84067).

Ela explica que o arroz branco é o mais consumido, mas a versão integral é a mais saudável, por ser rico em fibras, proteínas, ferro, cálcio e vitaminas do complexo B. “É possível trocar o arroz por alternativas mais saudáveis, como grãos integrais, que podem adicionar variedade ao cardápio do dia a dia. Apenas deve-se prestar atenção ao tipo de substituição, já que esta precisa considerar a diversificação dos grupos de alimentos consumidos. Mandioca, batata, mandioquinha, milho, inhame, cará e outros cereais como quinoa e trigo, além de massas como macarrão, são também parte desse grupo e podem ser ótimas opções”, finaliza.