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Campo Largo produz e pasteuriza leite

O leite do Sítio, com nova embalagem, começa a ser distribuído nos mais de 80 pontos em vários bairros da cidade

Campo Largo produz e pasteuriza  leite

      Em 2001, o pecuarista Ébano Andreassa era o que se chamava na época, "Garrafeiro". Ele produzia e entregava leite in-natura, de porta em porta, no centro da cidade. Era leite bom, muito consumido por famílias que não abriam mão do leite vindo diretamente do Sitio. Mas as normas oficiais proibiam esta prática, e ele teve que se adequar.
     Em pouco tempo, no início de 2001, Ébano comprou equipamento de pasteurização e passou e envasar o Leite do Sítio, que passou a ser comercializado em panificadoras e pequenos supermercados. Marca nova na cidade, no vácuo do desaparecimento de uma empresa que produzia leite tipo "A", na cidade, o Leite do Sítio passou a ser o único produto lácteo, produzido no município.

Marca forte
     Aos poucos o leite do Sítio foi ganhando mercado, conquistando o paladar dos consumidores campo-larguenses, principalmente pela sua qualidade. "Leite puro", é isso o que eu sempre produzi e continuo produzindo", disse Ébano, no início da entrevista à nossa Reportagem. Mas ele teve que enfrentar dificuldades, concorrência de produtos de fora e até a desconfiança de alguns consumidores que acreditam que "Santo de casa não faz milagre".
     Mas o milagre aconteceu. Em pouco mais de oito anos o leite do Sítio ganhou confiança e, hoje, é uma das marcas mais vendidas na cidade. "Ébano, entretanto, quer mais, quer conquistar a hegemonia na produção e comercialização do leite, na cidade. Para tanto, está investindo em novo visual da embalagem, em novos e modernos equipamentos e na certificação estadual, que pretende conseguir ainda este ano.
     O leite do Sítio é o resultado da produção de poucos sítios e pequenas fazendas, nas proximidades de Campo Largo. São um total de 15 famílias, algumas produzindo grande quantidade, outras de pequena produção, nas regiões de Fazendinha, retiro e Itaqui. O Sítio fica no Itaqui, nas proximidades da pista Norte da BR-277, onde o produto é pasteurizado e envasado.
     "Temos uma marca forte, campo-larguense, que é bem aceita pelos consumidores", disse Ébano, adiantando que o produto tem o SIM (fiscalização municipal), e está se preparando para conseguir do SIP/POA (fiscalização estadual). Hoje a produção é de 1.500 litros/dia, distribuído em cerca de 80 pontos no centro da cidade, Cercadinho, Ferraria, Rondinha, Itaqui, Gorski, Águas Claras e Partênope, principalmente.

Caminhão com tanque
     Ébano disse que está adquirindo um tanque inox para transporte rodoviário do leite, das áreas de produção até à fazenda. Hoje o transporte é feito em tanque inox, mas de pequena capacidade. Com o tanque rodoviário ele poderá ampliar a produção, e solicitar a certificação estadual. Ele destacou a importância dos campo-larguenses consumirem um leite produzido aqui, de qualidade, porque o leite chega mais rápido, em menos de 24 horas, do produtor ao consumidor.
      Hoje Ébano não tem mais vacas, como antigamente quando era "garrafeiro". Teve que vender seus animais para poder se dedicar à pasteurização e comercialização. Disse que, só assim conseguiu criar uma marca integralmente campo-larguense, que, agora, tem espaço para crescer.
Serviço
O telefone de serviço do Leite do Sítio é 9214-3674 (Ébano).