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Bebê com leucemia rara passará por transplante

Há algumas semanas, a Folha trouxe a história do pequeno Enzo Henrique Texca, diagnosticado com a rara Leucemia Aguda de Fenótipo Misto B/Mieloíde e que vive com a mãe, irmãs e avó em Bateias

Bebê com leucemia rara passará por transplante

Há algumas semanas, a Folha trouxe a história do pequeno Enzo Henrique Texca, diagnosticado com a rara Leucemia Aguda de Fenótipo Misto B/Mieloíde e que vive com a mãe, irmãs e avó em Bateias. Para que ele pudesse ser curado desta doença, necessitaria fazer um transplante de medula óssea e, após testes com a família, a equipe médica descobriu que sua irmã Gabrielle é compatível e será a sua doadora.

Na última segunda-feira (27), Enzo foi internado no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, junto com a mãe Suelen, para realizar uma série de quimioterapias preparatórias para o transplante de medula, que deve acontecer na primeira semana de agosto. “Na terça-feira (28) ele começou a fazer uma medicação chamada Thiotepa, que é extremamente caro, em torno de R$ 50 a R$ 60 mil um frasco, mas teve um paciente que usou só a metade de um frasco e fez a doação, então o Hospital deu para o Enzo. Tem que ter todos os cuidados, como dar três banhos por dia, deixar ele sem roupinha e com a fralda mais larguinha, porque ele pode inchar, tem que cuidar da boquinha e dos dentes também, mas até agora ele não teve reações. Ele fez esse medicamento ainda na quarta-feira (29) também, e nos próximos dias vai fazer mais sessões de quimio”, conta Suelen.

Gabrielle será internada para fazer o transplante no dia 04 de agosto e a mãe conta que ela está super animada para doar a medula para o irmão. “Ela fala todos os dias sobre isso, perguntando quanto tempo falta para o procedimento, está muito feliz em ajudar. Ela me pergunta ‘quantos dias faltam pra eu ajudar o meu irmãozinho’”, relata a mãe.
Segundo o site do Instituto Nacional do Câncer (Inca) o procedimento de doação é feito por uma equipe médica especializada e não apresenta riscos ao doador, que poderá apresentar um desconforto no dia seguinte da doação, mas retorna às atividades em poucos dias. A equipe médica realiza também o acompanhamento com o doador.

“Ele vai precisar ficar internado mais uns dias no hospital e tudo depende da reação dele mesmo, de quando a medula vai pegar. Mas ele é muito forte, é um guerreiro, tenho fé que essa alta vai chegar logo. É uma sensação que é difícil descrever, depois de todo o sofrimento que eu já vi ele passando, eu fico muito emocionada em saber que a cura está próxima. Eu choro de alegria hoje, estou muito feliz por saber que em breve ele estará curado”, emociona-se a mãe.