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Campeonato Feminino de Futebol Americano contará com atletas campo-larguenses

No final de abril terá início o Campeonato Parana­ense de Futebol Americano Feminino 2019

Campeonato Feminino de Futebol Americano contará com atletas campo-larguenses

No final de abril terá início o Campeonato Parana­ense de Futebol Americano Feminino 2019, no qual participará o Curitiba Silverhawks, que con­ta com a força campo-larguense das atletas Majoare Vieira, que joga como defensive line, e Joceli Bertoja, conhecida como Jô Bertoja e que joga na posição de left tackle (offen­sive line). Ambas foram campeãs com a equipe no torneio do ano passado e conquistaram o terceiro lugar no campeo­nato Brasileiro de Futebol Americano Feminino.

A Folha conversou com as atletas, que contaram um pouco da trajetória dentro do esporte. Jô Bertoja diz que a paixão pelo esporte começou aos 14 anos, quando ela ini­ciou na prática do Karatê, quando aprendeu a disciplina e também a competir. “No futebol americano faz quatro anos que comecei; entrei em um treino aberto divulgado pelo Fa­cebook, uma amiga convidou, fomos, e estamos até hoje. O que me conquistou neste esporte foi a forma que se joga, a estratégia, a exigência de uma tática para alcançar o objeti­vo do jogo (que é a conquista de campo). Precisei trabalhar minha concentração e me dedicar aos estudos de jogadas, assistir mais jogos, entender o porque de cada ação execu­tada no jogo”, relembra.

Assim como Jô, Majoare Vieira também pratica espor­tes desde a adolescência, quando aos 12 anos começou em uma escolinha de futebol. “Sempre estive em espor­tes predominantemente masculinos e em janeiro de 2016 vi uma publicação em rede social sobre o esporte. Resol­vi entrar em contato com o time e elas, muito simpáticas, me convidaram para ir ao treino. Achei uma sintonia e uma alegria nesse esporte que valia as viagens de ônibus entre Campo Largo até os treinos, no Parque Barigui. Esse sen­timento de time eu nunca tinha encontrado antes e, depois do nosso primeiro jogo, a adrenalina de colocar alguém no chão com torcida vibrando é algo que acho incrível”, revela.

As rotinas de treino são bastante intensas e exigem também muito estudo e preparo físico delas. Elas treinam especificamente nas terças e quintas à noite e nos sábados de manhã, além de contarem com convênio com academia e planos para alimentação, suplementos, equipamentos e auxílio de fisioterapia.

Questionadas sobre a expectativa para o início desta temporada, Jô disse que é grande, principalmente porque as equipes estão buscando excelência dentro do cenário estadual e apresentam grandes evoluções. Majoare confir­ma que esses serão jogos mais técnicos e acredita que já na primeira partida irão enfrentar um time que buscou essa melhoria. “Nosso primeiro adversário, o ColdKillers FA, não disputou o nacional ano passado, elas se pouparam e com certeza evoluíram muito desde o Paranaense de 2018”, diz.

Mais mulheres nesse esporte

Cada dia mais, as mulheres estão conquistando es­paços antes ocupados, em sua maioria, por homens. Para aquelas que têm interesse em participar dessa modalidade, as atletas mandam o recado: “Que ousem arriscar-se, per­mitir-se, conhecer algo novo, agregando disciplina, apren­dizado e paixão por fazer parte de algo que entrou para história, e para sua história. E se puderem, comecem ago­ra”, diz Jô Bertoja.

“O futebol americano é muito mais que apenas um es­porte que muitos consideram violento. É muita estratégia e estudo. No Curitiba Silverhawks eu encontrei muito mais que um time, eu encontrei uma segunda família que sempre me apoiou”, completa Majoare.