Sabado às 07 de Setembro de 2024 às 08:52:46
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Município busca esclarecer mortes de patos no Parque da Lagoa

Segundo vistoria realizada nesta semana, não foi identificada qualquer ave doente, ou qualquer sintoma de enfermidades nos animais que estão no local

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Município busca esclarecer mortes de patos no Parque da Lagoa

A Prefeitura de Campo Largo, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), informa que teve conhecimento da morte de patos pelos relatos de moradores próximos ao Parque da Lagoa, localizado na Rua Caetano Munhoz da Rocha.

No dia 23 de abril, a médica veterinária da Secretaria Municipal, Fátima Lara, esteve junto com a fiscalização ambiental no local. Foi coletado um animal - ainda vivo - e encaminhado para a Sociedade Chauá, uma Organização Não Governamental que possui termo de cooperação com o Município. A ave recebeu atendimentos iniciais, mas infelizmente veio a óbito no mesmo dia.

Devido à identificação de novos óbitos, em 14 de maio foi acionada a unidade de Campo Largo de Sanidade Agropecuária da ADAPAR - Agência de Defesa Agropecuária do Paraná. Médicos veterinários que são fiscais da Agência realizaram vistoria e inspeção na Lagoa na última quarta-feira, 15/05. Um dos especialistas, inclusive, é doutor em doenças de aves. “Na ocasião não foi identificada qualquer ave doente, morta ou mesmo com qualquer sintoma de enfermidades”, destaca Christiano Henrique Petri, um dos médicos veterinários da ADAPAR que acompanhou a ação.

Segundo relato de moradores, 20 patos e 7 gansos vieram a óbito, ao todo, sendo estes últimos a partir do dia 10/05. A SMMA e a ADAPAR acreditam que, possivelmente, a causa dos óbitos das outras aves tenha sido intoxicação por toxina botulínica. “É o que chamamos de botulismo, uma intoxicação que pode acometer aves aquáticas pela forma de alimentação das mesmas. Causas relacionadas a outras intoxicações, e por contaminantes na água que abastece a Lagoa, também devem ser consideradas. Mas essas possíveis intoxicações das aves não oferecem risco para os seres humanos”, indica o médico veterinário da ADAPAR.

Importante - A Secretaria Municipal já orientou os moradores que podem ficar tranquilos, pois não há risco para a população, uma vez que não há qualquer ave ou outros animais que apresentem sintomatologia de doenças de notificação obrigatória.

Lembrando que, no ano passado, a Secretaria de Meio Ambiente informou a população, e colocou placas no Parque, proibindo a alimentação dos animais, em virtude dos riscos para a fauna local. Então evite alimentar os animais que estão no Parque da Lagoa, bem como em outros parques da cidade.

Fato novo - Na última quarta-feira, 15/05, foi identificada uma espuma no córrego que abastece a Lagoa, bem como a morte de alguns poucos peixes no local, o que ocasionou novo alerta para a equipe da Secretaria de Meio Ambiente. Também Christiano Henrique Petri ressalta “especial atenção à qualidade da água, haja vista que moradores costumam pescar no local e, em caso de contaminação da água, esses agentes podem estar presentes na carne dos peixes”.

Por este motivo, foi acionado o Instituto Água e Terra (IAT), a fim de identificar possíveis causas do que vem ocorrendo no local. “A análise da água da Lagoa já foi descartada pelo técnicos do IAT, tendo em vista que possíveis toxinas existentes na água como cianobactérias, por exemplo, não afetariam diretamente uma grande quantidade de espécies como patos, gansos e peixes. Sendo assim, vamos verificar a possibilidade de realizar necropsia, caso existam novas mortes. Aguardamos o retorno do IAT para definir os próximos passos”, indica Mirela Jacomasso Medeiros, diretora do departamento de Gestão, Controle e Fiscalização Ambiental da pasta. Segue, portanto, a busca pelo entendimento das ocorrências.

Para dúvidas e outras informações entre em contato com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente no WhatsApp (41) 3291-5137 ou no e-mail meioambiente@campolargo.pr.gov.br.