Quinta-feira às 31 de Outubro de 2024 às 09:36:25
Opinião

Jovens precisam pensar na sua formação profissional

Jovens precisam pensar na sua formação profissional

Os jovens, mais do que nunca, precisam pensar e investir, desde cedo, na sua formação profissional. O mercado de trabalho, que parece emergir da crise e esboça os primeiros sinais de recuperação, está ávido por novos profissionais, mas não os encontra com facilidade em meio aos jovens que procuram o primeiro emprego. Falta formação, falta o mínimo de conhecimento para habilitá-los a uma função por mais simples que seja, no chão de fábrica ou no escritório.

A reforma do Ensino Médio, que o Ministério da Educação começa a colocar em prática, deve suprir parte dessa defasagem, a médio e longo prazos, mas o Mercado necessita agora, do jovem habilitado para as funções de base.

O Sistema “S” (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai); Serviço Social do Comércio (Sesc); Serviço Social da Indústria (Sesi); e Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac), além do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar); Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop); e Serviço Social de Transporte (Sest), oferece muitas oportunidades para os jovens, desde cursos nas áreas industriais, comerciais e de serviços. Muitas vagas nesses cursos, entretanto, não são aproveitadas. Perdem os estudantes, que poderiam terminar o Ensino Médio já com uma profissão garantida, mas chegam aos 18 anos sem sequer saber, ainda, o que querem fazer, qual a profissão que irão seguir, como entrar no Mercado de Trabalho.

O CIEE - Centro de Integração Empresa Escola, é uma dessas instituições, do Sistema “S”, que facilita o contato do adolescente que cursa o Nível Médio, Técnico ou de graduação, com o seu primeiro emprego. É uma espécie de ponte para o estudante manter o primeiro contato com o Mercado de Trabalho. Mas, possivelmente por falta de comunicação, muitos estudantes não procuram esse caminho, e as empresas não conseguem preencher as vagas abertas para os jovens aprendizes.

Os jovens brasileiros precisam enxergar, também, a importância do início da carreira profissional, antes mesmo de lutar durante dois, três anos ou mais, para entrar em uma Universidade. Muitos, pelas dificuldades provocadas pela deficiência das nossas escolas, acabam desistindo do Curso Superior aos 20, 22 anos de idade, quando é ainda mais difícil encontrar as oportunidades que o estágio proporciona para entrar no Mercado de Trabalho, no tempo certo.

Se avizinha em Campo Largo, a abertura de centenas de vagas nas novas indústrias, comércio e prestadoras de serviço, que estão se instalando na cidade. Nossos jovens precisam estar preparados para conquistar esses espaços.