Há casos em que o delinquente é preso várias vezes seguidas e, mesmo assim, continua solto.
Há muitos anos, roubar uma galinha dava cadeia, na certa. Hoje já não é mais assim, os ladrões são presos, muitas vezes em flagrante, os policiais os levam para a Delegacia e, lá mesmo, o delegado, ou posteriormente o juiz, arbitra uma fiança e os põe em liberdade. Há casos em que o delinquente é preso várias vezes seguidas e, mesmo assim, continua solto.
As benesses que as novas leis garantem aos marginais já estão causando revolta até na classe policial. Há policiais que já se injuriaram, “porque não adianta prender”. As cadeias, lotadas, não suportam mais a quantidade de detentos e a função do delegado de polícia parece ter sido invertida, em vez de prender precisa achar um jeito de soltar o preso.
São muitas as brechas na lei, que beneficiam um cidadão preso pela Polícia, suspeito de qualquer crime. Primeiro, ele é inocente até prova em contrário. Quem tem que provar que ele é culpado é a Polícia. Ele alega, sempre, inocência, e quando é levado à presença do Juiz, em geral alega que foi maltratado, que não cometeu nenhum crime e que o policial se confundiu.
Há, inclusive, um caso exemplar, divulgado nas redes de policiais, de um agente que reagiu a um assalto, baleou o assaltante e este, depois de socorrido e levado para o hospital, recebeu alta, disse perante ao Juiz que era inocente, foi solto e, agora, está processando o policial. Quer, o cidadão, uma indenização do Estado e pede que o policial seja julgado no Tribunal do Júri, por Tentativa de Homicídio. Ah! Pede, ainda, uma indenização por Abalo Moral. Se essa notícia for, mesmo, verdadeira, estamos, literalmente, no fim da picada. Inverteram-se os valores, os bandidos soltos e nós, os cidadãos comuns, obrigados a viver trancados, atrás de grades e cadeados.
Já não é de hoje que os representantes das forças de Segurança Pública vêm ditando regras, para que os cidadãos se protejam dos criminosos. Primeiro foi: Não reaja aos assaltos, depois veio a Lei do Desarmamento, os bandidos têm certeza absoluta que jamais serão surpreendidos por alguém armado, a não ser que levem azar e abordem um policial de folga, por engano. Mesmo assim, podem alegar inocência, e dizer que foi o policial quem o atacou, sem nenhum motivo.
O cidadão comum está cada vez mais confuso, mais desinformado do que pode e o que não pode fazer. Não sabe, mais, quais são os seus direitos, quando deve, em quais circunstâncias pode procurar a Polícia, se deve, se adianta. Há, inclusive, com toda a corrupção que destrói o País, a sensação errada, de que o crime compensa. Compensa?