Os contrastes se acentuam, quando vemos, na periferia das cidades, famílias muito pobres, carentes de tudo, de moradia, de espaço, de atenção à saúde, de saneamento básico, de alimentaçã
O Brasil é um País de muitos contrastes. Gigante pela própria Natureza, como o seu Hino retrata, ostenta imensidão de terras agricultáveis, florestas, rios, mares, minérios, riquezas sem fim. Mas, lamentavelmente, a Nação ainda não conseguiu transformar toda essa exuberência em benefício do seu povo, pois faltam educação, saúde, segurança, empregos, oportunidades. E um dos motivos destas desventuras está exatamente no inverso do que escreveram um dia, na faixa da sua bandeira: Ordem e Progresso. Definitivamente não vivemos, há muito tempo, sob os auspícios destas duas importantes palavras, mesmo tendo o Governo Federal (atual), se apropriado da frase para mostrar que estaria fazendo alguma coisa para atingir o tão sonhado progresso.
Os contrastes se acentuam, quando vemos, na periferia das cidades, famílias muito pobres, carentes de tudo, de moradia, de espaço, de atenção à saúde, de saneamento básico, de alimentação. Muitos, sem terem para quem apelar, vivem como dá, vez por outra recebendo a solidariedade da população. E, pasmem, são em sua maioria os mais pobres, os assalariados, que acabam socorrendo aqueles que mais necessitam. Há pessoas abnegadas, que vivem preocupadas com os seus semelhantes e escolhem uma, duas famílias, para ajudar. Cestas básicas, agasalhos, roupas, móveis, eletrodomésticos, sempre dão um jeitinho e acabam conseguindo alguma coisa, para minimizar o sofrimento dos outros. São pessoas que geralmente agem em silêncio, quebrado algumas vezes quando necessitam despertar na sociedade esse espírito de solidariedade.
A Folha de Campo Largo, ao longo da sua existência, tem acompanhado dezenas de casos em que o despertar do espírito solidário, do campo-larguense, minimizou o sofrimento de pessoas carentes, de famílias inteiras até. Não resolve, mas esse tipo de colaboração diminui o sofrimento de quem se vê, no fundo do poço, de onde dificilmente consegue sair sem ajuda. Vale a pena ajudar os nossos semelhantes, porque quem ajuda sente, sempre, que está realizando uma boa ação, sente prazer no coração.
Lamentável vermos, que enquanto nosso povo sofre, alguns poucos roubam, se locupletam com o dinheiro público, amealham milhões, bilhões, ao ponto de abrirem uma, duas, dez contas, em bancos de paraísos fiscais, para esconder parte da fortuna que, se fosse aplicada como deveria, não teríamos gente morrendo nas filas do SUS, teríamos segurança nas cidades, emprego para todos e, como diz a letra do nosso Hino, Ordem e Progresso.